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Os Transtornos Alimentares pelo olhar da Psicologia e da Nutrição

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Os transtornos alimentares compreendem um grupo de condições psiquiátricas graves, caracterizadas por distúrbios persistentes nos comportamentos alimentares e na percepção corporal. Este artigo aborda a complexidade desses transtornos sob as perspectivas psicológica e nutricional, ressaltando a importância de uma abordagem interdisciplinar no diagnóstico e tratamento. Aqui discutimos os principais tipos de transtornos alimentares, seus fatores etiológicos, manifestações clínicas e estratégias terapêuticas multidimensionais.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos alimentares são caracterizados por comportamentos alimentares disfuncionais que comprometem a saúde física e o funcionamento psicossocial do indivíduo.

As principais categorias clínicas incluem:

Anorexia nervosa - restrição alimentar severa, devido ao medo intenso de ganho de peso e distorção da imagem corporal.

Bulimia nervosa - episódios de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios inadequados, como vômitos autoinduzidos e uso de laxantes.

Transtorno de compulsão alimentar periódica - ingestão de grandes volumes de alimento, acompanhada de perda de controle, sem práticas compensatórias regulares

Distúrbio de ruminação - regurgitação repetida de alimentos, sem explicação orgânica clara.

Transtorno alimentar restritiva/evitativa - recusa alimentar seletiva (seletividade alimentar), geralmente sem preocupação com peso ou forma corporal, mas com forte aversão a características sensoriais dos alimentos.

No entanto, embora comumente associados a hábitos alimentares disfuncionais e preocupações com o peso corporal, os transtornos alimentares envolvem aspectos mais amplos e sua etiologia é multifatorial, abrangendo interações entre predisposições genéticas, características psicológicas e influências socioculturais.

Quando citamos os fatores genéticos, estamos abordando uma série de influências que contribuem para o desenvolvimento dos transtornos alimentares. Estudos indicam que há correlações significativas dentro de núcleos familiares, sugerindo uma predisposição genética que pode aumentar a vulnerabilidade a esses distúrbios. O funcionamento do sistema nervoso central e alterações hormonais desempenham papéis cruciais na regulação do apetite e da saciedade e consequentemente influenciam diretamente o comportamento alimentar e o controle do peso

No que se refere aos fatores psicológicos, citamos a importância de nos atentarmos às distorções cognitivas acerca da imagem corporal, à baixa autoestima, aos traços obsessivos e ao perfeccionismo.

Fatores socioculturais também impactam e potencializam a possibilidade do desenvolvimento de transtornos alimentares. A supervalorização cultural da magreza, especialmente em contextos midiáticos e profissionais específicos (como dança, moda e esportes de alto desempenho), exerce influência significativa. Experiências de trauma e estresse também são reconhecidos como gatilhos importantes.

            Para identificar um possível quadro de transtorno alimentar, é importante observar que os sintomas se manifestam principalmente nos aspectos físicos (perda de peso acentuada, distúrbios gastrointestinais, amenorreia, fadiga crônica e desidratação), psicológicos (ansiedade, depressão, culpa após a alimentação e autoimagem distorcida) e comportamental (restrição alimentar, purgação, compulsão alimentar, isolamento social em situações de refeição e exercícios físicos em excesso). Contudo, o diagnóstico é eminentemente clínico e exige uma avaliação multidisciplinar abrangente, incluindo estudos técnicos detalhados, avaliações psicológicas e exames físicos e laboratoriais para monitoramento de complicações clínicas.

            O tratamento consiste no acompanhamento psicológico (visando a mudança de padrões de comportamentos disfuncionais), nutricional (reeducação alimentar, recuperação ponderal e normalização do comportamento alimentar), farmacológico e médico (antidepressivos e ansiolíticos, podem ser indicados em casos mais graves, sob prescrição e acompanhamento psiquiátrico).

            O tratamento dos transtornos alimentares requer um modelo de cuidado centrado no paciente e sustentado por uma equipe interdisciplinar. O sucesso das intervenções depende da detecção precoce, adesão do paciente e suporte familiar contínuo. A integração entre as áreas da psicologia e nutrição, com suporte médico quando necessário, é imprescindível para alcançar a remissão dos sintomas e a reabilitação psicossocial do indivíduo.

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